sexta-feira, 30 de março de 2012

Physalis

Mais uma planta maravilha que apareceu - se resolve tudo?
Com certeza ajuda!

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Nativa da Amazônia, a physalis começa a aparecer nos supermercados do país; fácil de cultivar, adapta-se a várias regiões e climas

Texto Maria Cristina Frota
Fotos: Ernesto de Souza; La Costa; Fabio Franci/Arquivo Ed.Globo


FRUTA caracteriza-se pela delicadeza, forma arredondada, cor entre o amarelo e o alarajado e fino envoltório tipo balão

A physalis é uma fruta que tem tudo para ser considerada exótica: nome, aparência e preço. Apesar disso, no Norte e Nordeste do país é comum nos quintais e é conhecida por nomes que não podiam ser mais brasileiros: camapum, joá-de-capote, saco-de-bode, bucho-de-rã e mata-fome. Essa variedade nativa é a Physalis angulata, da família das solanáceas, a mesma do tomate, da batata, do pimentão e das pimentas.

Originária da Amazônica e dos Andes, a physalis possui variedades cultivadas na América, Europa e Ásia. Na Colômbia, é conhecida como uchuva e no Japão, como hosuki. É uma planta arbustiva, que pode chegar aos dois metros de altura.

As frutas são delicadas, pequenas e redondas, com coloração que vai do amarelo ao alaranjado, envolvidas por uma folha fina e seca, em forma de balão. Com sabor doce, levemente ácido, a physalis é consumida ao natural e usada na preparação de doces, geléias, sorvetes, bombons e em molhos de saladas e carnes.

É rica em vitaminas A, C, fósforo e ferro, além de alcalóides e flavonóides. Purifica o sangue, fortalece o sistema imunológico, alivia dores de garganta e ajuda a diminuir as taxas de colesterol. A população nativa da Amazônia utiliza os frutos, folhas e raízes no combate à diabetes, reumatismo, doenças da pele, bexiga, rins e fígado. Pesquisas reveleram que alguns princípios ativos presentes nos frutos ajudariam a evitar a rejeição aos órgãos transplantados, mas ainda não há comprovação definitiva.

Apesar de sua popularidade no Norte e Nordeste, a physalis ainda é novidade no Sul e Sudeste. Já é encontrada nos supermercados, principalmente em São Paulo e Rio de Janeiro, mas grande parte é importada da Colômbia a um preço alto: uma cestinha com 100 gramas custa entre oito e dez reais. Isso ocorre porque a produção comercial no Brasil é pequena. Mas a situação está mudando.

Desde 1999, a Estação Experimental Santa Luzia desenvolve o plantio de physalis e comercializa sementes da fruta para produtores de várias regiões do país. O resultado tem sido excelente e a cultura tem-se revelado como uma boa alternativa para o pequeno e médio produtor.

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